#maranhão - Adubação Verde, Plantas de Cobertura e Cobertura Morta (Mulching)

 


CONHEÇA A CROTALÁRIA! 



Crotalaria juncea cv. comum 


Origem: Índia e Ásia Tropical


Nome científico: crotalaria junceae


Ciclo vegetativo: Anual (210 a 240 dias)


Fertilidade do solo: Média a alta (solos bem drenados)


Forma de crescimento: Ereto, subarbustivo


Utilização: Tóxica aos animais pode ser usada para adubação verde, prod. de fibras e controle de nematóides


Altura: 2,0 a 3,0 m


Precipitação pluviométrica: Acima de 800 mm


Tolerância a seca: Alta


Tolerância ao frio: Média


Tolerância ao encharcamento: Baixo


Profundidade de plantio: 2 a 3 cm


Produção de forragem: 30 t MS/ha/ano


Produção de fibra: 2,5 t/ha


Fixação de Nitrogênio: 150 kg/ha/ano


Referência: http://estagiositiodosherdeiros.blogspot.com/2015/07/epoca-de-semear-crotalaria-excelente.html


Agora vamos falar um pouquinho mais sobre este assunto?


O uso de adubos verdes é uma forma de adubação muito utilizada por agricultores com o objetivo principal de incorporar matéria orgânica. São utilizadas plantas em rotação, sucessão ou consorciação. Elas podem ser incorporadas ao solo ou deixadas na superfície, visando a proteção superficial, bem como a manutenção e melhoria das características físicas, química e biológicas do solo.  São utilizadas como adubos verdes, além das leguminosas, plantas de outras famílias, em cultivo  exclusivo ou consorciado. Confira tudo sobre como melhorar a fertilidade do seu solo!


Normalmente, as leguminosas decompõem-se mais rapidamente que as gramíneas, apresentado efeitos físicos menos prolongados no solo. 


Adubação Verde, plantas de cobertura, cobertura morta (mulching), fixação de nitrogênio são diversos termos para diferentes técnicas, mas que possuem o mesmo objetivo: tornar o solo fertil naturalmente!


Apesar de possuírem muitas denominações e funções, os manejos acima são complementares, ou seja, podem ser utilizados sozinhos e também em conjunto, potencializando o resultado e rumando à sustentabilidade (não só ambiental, mas financeira) da propriedade! Estes manejos trazem e agregam vida ao solo através da ciclagem de nutrientes e diversidade de espécies utilizadas. 


Quanto mais diversos e complexos ficam os sistemas, mais ele terá capacidade de se sustentar, se regenerar e obviamente disponibilizará mais macro e micronutrientes!


O SOLO EXPOSTO


A adubação com fertilizantes NPK é facilitada pelo contato dos granulados no solo ou incorporados nele. Contudo esta prática literalmente deixa o solo sucetível a tudo, como vento e chuva. A chuva e o vento causam a erosão do solo, que não é retidos por outrora raízes e partes aéreas de plantas que cobririram e protegeriam o solo, ou uma camada de matéria orgânica advinda do corte das plantas que cresciam nele.


É necessário condições ótimas para que exista ciclagem de nutrientes, a ciclagem ocorre e é acelerada por meio de processos biológicos, ou seja, alimentando os organismos do solo (visíveis e não visíveis a olho nu) realizamos a ciclagem de nutrientes. 


O processo é simples, semelhante a rotação de pastos (ou Pastoreio Racional Voisin - PRV), onde cultivamos plantas que disponilizam nutrientes do solo e atmosfera, até o momento de maturação, para então cortá-las e alimentar os organismos que vivem no solo e na camada que cobre ele.


SOLO VIVO


É o objetivo das técnicas citadas. Solos que não precisam de fertilizantes externos, mas que vivem, respiram e reciclam através das plantas de cobertura, que fazem a adubação verde e se tornar a cobertura morta (mulch). 


Os organismos que já estão ou são introduzidos (como Microrganismos Eficientes por exemplo) se alimentam dos restos das plantas e vivem no solo, criando e desenvolvendo este ecossistema, a rizosfera. 


A diversidade de plantas fornece multifunções para a adubação verde, como diferentes macro e micronutrientes, uma ecologia complexa de fungos, protozoários, micro e mesofauna, o que possibilita o solo resistir a fatores externos como o vento, a chuva e o sol, ao mesmo tempo fornecendo nutrientes para as plantas de interesse econômico.


PLANTAS, ESPECIALMENTE LEGUMINOSAS


A rotação de culturas, por exemplo na entressafra ou até mesmo cobertura verde em estágio inicial da safra de interesse já acrescenta uma nova dimensão na propriedade, como o descanso para o campo, onde a diversidade de plantas de cobertura incrementam nutrientes, sombream/protegem o solo, servem de abrigo para a fauna que controla pragas e doenças, finalizando com acréscimento de carbono e nitrogênio na forma de matéria orgânica no solo.


A quantidade de Carbono e Nitrogênio (chamada de relação C:N) é o que aumenta ou diminui a ciclagem de nutrientes no solo, além do controle de ervas daninhas, habitat da fauna, agregação e umidade do solo.


É essencial a presença de plantas leguminosas na adubação verde. A família das leguminosas (Fabaceae) é única que produz vagens (um tipo de fruto contendo muitas sementes), inclui árvores, arbustos e ervas perenes ou anuais, além de serem reconhecidas pelas folhas compostas. Muitas espécies de leguminosas possuem nódulos nas raízes, onde microrganismos vivem em simbiose com a planta, fixando nitrogênio da atmosfera no solo.


FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO (FBN)


A introdução e disponibilização de nitrogênio ocorre por meio de microrganismos em nódulos em raízes de plantas; folhas e outros materiais orgânicos se desprendendo e decompondo na camada superficial do solo, incorporação no solo de plantas de cobertura. Leguminosas fazem simbiose com microrganismos que disponibilizam nitrogênio.


PELETIZAÇÃO


Como a diversidade de plantas pode fornecer diversas funções para o campo, como adubação verde, atração de polinizadores, controle de erosão e umidade, etc., percebe-se que diversas espécies possuem tamanhos diferentes e, para facilitar a mecanização do processo, a técnica de peletização é recomendada. 


A peletização acrescenta camadas e uniformiza o tamanho e formato das sementes, envolvendo-as com nutrientes, bioprotetores e inoculantes. 


CONSIDERAÇÕES


A escolha de espécies adequadas para o local, pois cada uma possui função diferente, leguminosas possuem alto teor de nitrogênio, gramíneas produzem bastante biomassa e alto teor de carbono, etc. Além destas características, atente-se a adaptação e rusticidade das espécies, se já ocorrem na região e se são adequadas/vantajosas para a cultura subsequente e de interesse.


A relação C:N é crucial para a disponibilidade de nutrientes, e cada planta possui conteúdo de nitrogênio é diferente entre espécies e pelo seu estágio de desenvolvimento. O ideal é 30:1 ou menos.


O tempo de cultivo: longos períodos utiliza-se pequenos cereais e leguminosas. Em períodos curtos, utilize culturas de crescimento rápido que sobrepor as ervas daninhas e proverá matéria orgânica suficiente para o solo vivo. Além do período exato de semeadura das espécies.


Densidade de semeadura, para formar uma cobertura adequada, cumprindo sua função.


Custos para a implementação, semeadura e manejo entressafra e em alguns casos durante a safra. Se vale a 


pena a mecanização. 


O valor economizado com a adubação verde, quanto e quais nutrientes foram introduzidos e disponibilizados, através de análise do solo antes e após a adubação.


PLANTAS PARA O NORDESTE


As espécies de adubos verdes mais utilizadas são a mucuna preta, crotalária, feijão guandu, lab-lab e canavália. Sua eficiência é comprovada, também, no controle de nematoides, quando se utilizam leguminosas específicas, problema para o qual os produtos químicos, além de caros, não apresentam resultados satisfatórios.


RECOMENDAÇÃO PARA NORDESTE


No cultivo da mandioca o espaçamento depende da fertilidade do solo, do porte da variedade, do objetivo da produção (raízes ou ramas), dos tratos culturais e do tipo de colheita (manual ou mecanizada). 


A consorciação da mandioca e crotalária já tem se mostrado bastante eficaz em relação a produtividade e a densidade  da cultura, com a utilização do espaçamento em fileiras duplas de 1,0x0,50x0,50 ou 2,0x0,50x0,50 para áreas no nordeste.


O espaçamento em fileiras duplas oferece as seguintes vantagens: 


a) facilita a mecanização;


b) facilita a consorciação; 


c) reduz o consumo de manivas, de adubos, mão de obra com plantio e colheita; 


d) permite a rotação de culturas pela alternância das fileiras; e) reduz a pressão de cultivo sobre o solo; 


g) facilita a inspeção fitossanitária e a aplicação de defensivos. 


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