A Palmeira real é uma planta majestosa, largamente difundida no Brasil. Utilizada, principalmente, em jardins ornamentais, possui um caule único e pode ultrapassar 15 metros de altura. 

Apesar de sua beleza incalculável, existem algumas doenças e pragas que podem comprometer o seu desenvolvimento. Para evitar o aparecimento destes problemas e garantir um crescimento saudável do vegetal, é importante a realização do diagnóstico precoce. 

Aprenda a identificar as principais pragas e doenças da Palmeira Real: 

Podridão do topo: A podridão do topo é uma doença causada por diferentes espécies de patógenos, como por exemplo, Phytophthora palmivora, Rhizoctonia solani ou Pythyum sp. Estas espécies de fungos afetam as raízes da planta, provocando necrose e danos nos tecidos internos da cultura. Os danos, por sua vez, levam à obstrução do fluxo de seiva até a parte  superior. Sendo assim, os sintomas mais visíveis começam com o amarelecimento das folhas mais velhas. Com o desenvolvimento da doença, as folhas mais novas também são afetada. Além disso, os tecidos da planta apodrecem até transformar-se numa massa aquosa e com o cheiro muito desagradável.

Podridão de sementes: As sementes de palmeiras são largamente afetadas por diferentes espécies de fungos. Dentre eles, pode-se destacar o Colletotrichum gloeosporioides, Ceratocystis paradoxa, Fusarium oxysporum, Phoma spp., Pestalotia spp., Pestalotiopsis sp., Rhizopus sp. e Cladosporium spp. Os prejuízos causados por alguns desses fungos vão desde o apodrecimento das sementes, morte de plântulas e apodrecimento das raízes. Caso as sementes germinem e, ocorra o crescimento da planta, pode-se observar o aparecimento de manchas foliares em plantas mal desenvolvidas.

Broca do olho das palmeiras: A broca das palmeiras, chamada cientificamente de Rhynchophorus palmarum, é um besouro, com uma coloração negra e com  tamanho médio de 50 mm. A praga adulta, costuma efetuar sua postura no olho ou gema apical da planta. Porém, a oviposição pode ocorrer em ferimentos pré-existentes. A larva não possui “pernas” e possui um tamanho bastante avantajado. No local onde foi realizada a postura dos ovos e onde ocorreu a pupação, acontece a destruição da estipe da palmeira. Devido à este dano, o local fica com um cheiro fétido que atraem o macho adulto. Este inseto, por sua vez, libera um feromônio de agregação, que permitem que mais insetos sejam atraídos.

Ácaro-da-necrose: O ácaro da necrose (Aceria guerreronis) é encontrado, principalmente, sob nas folhas e brácteas da planta. Estes órgãos, por sua vez, ficam com manchas necrosadas, inicialmente, triangulares. Com a evolução da população da praga e, em caso de ataques intensos, ocorre o secamento e necrose total das folhas e da gema terminal, seguido da morte da planta. Os frutos também podem ser atacados, por isso, a presença do ácaro pode ocasionar uma queda brusca na produção. 

Cupins: Os cupins que atacam as palmeiras (Coptotermes haviland), conhecidos com  cupim-de-solo, entram pelas raízes e devoram todo o interior da Palmeira, deixando-as totalmente ocas por dentro. 

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Referências:

http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252010000100011#fig01

https://www.agrolink.com.br/agrolinkfito/artigo/palmeiras-ornamentais--a-broca-do-olho-das-palmeiras-_68721.html

https://www.agrolink.com.br/culturas/problema/acaro-da-necrose-do-coqueiro_2931.html

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/697434/1/cot152.pdf

Foto do banner:Patti Anderson, Identifying Commonly Cultivated Palms, USDA APHIS PPQ, Bugwood.org

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