Ervas daninhas ou plantas espontâneas na produção orgânica

As ervas daninhas ou inços ocorrem em momentos e locais indesejados. Será que elas podem interferir negativamente na produção? Se sim, como controlá-las? Leia este artigo no site ManejeBem e saiba mais sobre ervas daninhas e formas de manejo para não ter prejuízo na lavoura. Acesse o artigo e conecte-se à Agricultura Sustentável!

Plantas espontâneas, plantas invasoras, ervas daninhas ou inços, são termos utilizados para plantas que que surgem em momentos e locais não desejados na área de cultivo. Pode ser plantas oriundas de soqueiras ou plantas voluntárias de certas culturas, como por exemplo, batata e batata-doce que crescem em outras culturas implantadas em sucessão, mas também pode ser espécies nativas ou exóticas já estabelecidas. 


Numa visão ampla do sistema orgânico, todas as plantas presente assumem importância no cultivo, cada uma com seu potencial. As plantas espontâneas (ervas daninhas) podem atuar como protetoras do solo contra erosão, hospedeiras alternativas de inimigos naturais, pragas e patógenos ou como mobilizadoras e cicladoras de nutrientes de fácil mobilidade. Essas plantas ainda podem ser indicadoras de solo pobre ou com desequilíbrio de nutrientes, a exemplo do capim amargoso (Digitaria insularis), carrapicho (Cenchrus ciliatus), barba-de-bode, capim colorado e o caraguatá, e também indicadoras de solo fértil, como a beldroega (Portulaca oleracea), a chirca (Ruppatorium sp), o dente-de-leão (Taraxum oficialis) e a guanxuma (Sida spp).


 


Então por que essas plantas geralmente são indesejadas? 


O problema com as plantas espontâneas na área de cultivo se dá por alguns fatores. Vamos imaginar um cultivo de hortaliças no solo. O plantio é planejado com espaçamentos, arranjos, densidades populacionais adequados paras as culturas de interesse e as essas se desenvolvem seguindo seus ciclos naturais de taxa de crescimento e arquitetura. A ocorrência de plantas espontâneas numa área como essa pode prejudicar o desenvolvimento do cultivo planejado, visto que as plantas espontâneas geralmente tem grande capacidade de se propagar e em quantidade, diferentes taxas de crescimento e arquitetura, e por isso acabam competindo com as plantas de interesse por luz, água e nutrientes. 



Como realizar o controle de plantas espontâneas (ervas daninhas)?


A presença das plantas espontâneas no início do cultivo pode ser reduzida por meio de técnicas de manejo, como o preparo do solo e a pré-irrigação para estimulam a germinação e o desenvolvimento das plantas invasoras e assim retirá-las com capina manual, gradagem ou encanteiramento. O controle


das plantas espontâneas pode ser também feito com o uso do fogo, por meio de bicos aplicadores a gás ou ainda descargas elétricas localizadas que reduzem a presença e a germinação destas. 


Outra forma de controle é a solarização do solo ou compostagem para eliminação de sementes que por ventura possa estar presente no esterco de gado ou dos suplementos orgânicos, pois as temperaturas normalmente alcançadas durante esses processos são suficientemente altas para matar a maioria das sementes. 


Fazer rotação de culturas, adubação verde e uso de cobertura vegetal no solo, viva ou morta, também trazem bons resultados na redução de plantas espontâneas por dificultarem a emergência das plântulas. Essas práticas ainda proporcionam aumento no teor de nutrientes e umidade no solo, os quais são benéficos para o desenvolvimento da cultura de interesse.


Veja nossa matéria especial sobre adubação verde em: http://www.manejebem.com.br/novidade/adubacao-verde-vantagens-para-agricultura-organica


O controle químico das plantas espontâneas também é uma alternativa. Como na agricultura orgânica não é permitido o uso de herbicidas sintéticos, a utilização de produtos naturais que apresentam essa característica se faz necessário. Um exemplo de herbicida natural é o vinagre. Além da atividade dessecante, o vinagre não altera o pH do solo nem influencia negativamente nos microrganismos que nele habitam visto que é utilizado de forma localizada, ou seja apenas onde se encontra a planta espontânea. No campo, os agricultores utilizam uma solução de vinagre, detergente neutro e sal amoníaco, com eficiência variada dependendo da espécie invasora.


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Referências


Manejo de plantas espontâneas no sistema de produção orgânica de hortaliças - Embrapa Circular técnica 62 - Brasília, DF, Julho, 2008.


https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPH-2009/34841/1/ct_62.pdf 


Brighenti & Brighenti. Controle de plantas daninhas em cultivos orgânicos de soja por meio de descarga elétrica. Ciência Rural, v.39, n.8, nov, 2009


Manejo integrado de plantas invasoras na agricultura orgânico. Embrapa Documento 106 - Planaltina, DF, Dezembro, 2003. 


http://ciorganicos.com.br/wp-content/uploads/2013/09/Manejo-Integrado-de-Plantas-Invasoras-na-Agricultura-Organica-.pdf


Silvia Lorena Montero Cedeño. Utilização do vinagre triplo na dessecação de aveia-preta em sistema de plantio direto de milho orgânico. Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, 2014.  


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