A mosca-branca (Bemisia tabaci) é um inseto cosmopolita, que está disseminada em quase todas as regiões brasileiras, atacando um elevado número de plantas hospedeiras, dentre elas as da família das cucurbitáceas, como melão, melancia, abóbora, pepino e chuchu. Essa praga pode causar danos diretos e indiretos nas cucurbitáceas. 

Danos diretos: causados pela sucção da seiva da planta e inoculação de toxinas pelo inseto, provocando alterações no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta, comprometendo dessa forma a produtividade da cultura. Amarelecimento das folhas mais velhas enquanto em plantas jovens ocorre o secamento das folhas. 

Dano indireto: devido à excreção de um líquido açucarado pelo inseto, observa-se o crescimento de um fungo saprófita de coloração escura — a fumagina —, que recobre as partes vegetais interferindo no processo fotossintético da planta.

Para o controle da mosca-branca, as medidas culturais que favoreçam o equilíbrio biológico no agroecossistema, são essenciais e devem ser consideradas antes e após a implantação da cultura. 

As principais medidas preventivas para o controle ou convivência com a mosca-branca são:

- fazer plantios isolados ou em consórcio com outras culturas não hospedeiras; 

- eliminar focos de inóculo como maxixe, abóbora ou ervas daninhas hospedeiras da praga que estejam ao redor da área a ser plantada; 

- iniciar o preparo do solo, mantendo a área limpa, pelo menos 30 dias antes do plantio; 

- fazer uso de barreiras vivas;

- fazer rotação de culturas com plantas não hospedeiras; 

- após o plantio, manter a área isenta de plantas hospedeiras da praga, no interior e ao redor da cultura; 

- fazer armadilhas pegajosa de coloração amarela para captura dos insetos adultos; Veja como fazer a armadilha em http://www.manejebem.com.br/novidade/armadilha-para-mosca-branca-e-fungus-gnats

- não permitir cultivos abandonados nas proximidades da área cultivada; 

- eliminar os restos culturais imediatamente após a colheita.

A aplicação de sabões e detergentes neutros juntamente com emprego de óleos vegetais, a exemplo do óleo de Neem, também apresentam bons resultados no controle da praga. Esses produtos reduzem a oviposição de mosca-branca e causam transtornos no desenvolvimento das ninfas, especialmente no primeiro estádio. As ninfas não se alimentam na superfície tratada com óleo e morrem desidratadas.

Outra opção é o controle biológico. Várias espécies de inimigos naturais têm sido identificadas em associação com o complexo de espécies de mosca-branca. Insetos predadores, como alguns das ordens Hemiptera, Neuroptera, Coleoptera e Diptera, insetos parasitóides, como os insetos dos gêneros Encarsia, Eretmocerus e Amitus, e também os insetos entomopatógenos, a exemplo de Verticillium lecanii, Aschersonia aleyrodis, Paecilomyces fumosoroseus e Beauveria bassiana.  Muitos destes inimigos naturais já se encontram comercializados como produto fitossanitário com uso aprovado para agricultura orgânica pelo MAPA. Confira na nossa lista de defensivos aprovados para agricultura orgânica .

Fique atento, observe suas plantas e faça adoção de medidas de controle adequadas – tais como práticas culturais, cultivares resistentes e uso racional de inseticidas – isso irá favorecer o aumento dos inimigos naturais e em breve o sistema está em equilíbrio e a mosca-branca não mais te trará prejuízos!

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Referências

https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Melancia/SistemaProducaoMelancia/pragas.htm#1

https://www.agrolink.com.br/culturas/problema/mosca-branca_320.html

http://www.defesavegetal.net/bemita

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