A capacitação e impulsionamento do agricultor ou cooperativa deve ser realizado por instituições como o SENAR e programas do tipo ATeG (Programa de Assistência Técnica e Gerencial), além de auxílio e análise de técnicos.

Um levantamento de informações deve ser realizado com os agricultores participantes e colaboradores, buscando conhecer aspectos sobre o sistema de produção utilizado.

Informações como características deles; disponibilidade e uso de insumos; origem do material utilizado no plantio; nível tecnológico das lavouras; tamanho das propriedades e da área plantada com café; práticas culturais; gestão da propriedade; comercialização da produção; grau de relação com os outros elos da cadeia; origem e capacitação dos produtores e outros afins.

O objetivo e importância de levantar estas informações é devido a possíveis limitantes para a atividade.

Características como alta faixa etária, quantidade de produtores locais, taxa de migração da juventude para as cidades, mão de obra disponível em época de colheita, nível educacional, etc. podem constituir problemas para a agroindústria.

Alguns obstáculos comuns são trâmites burocráticos, alguns demorados e custosos; contratação de escritório de contabilidade para balanços e prestação de contas a fiscalização; capacitação dos empregados; apoio institucional são empecilhos que reduzem o sucesso e integração vertical (produtor agroindustrial) de agroindústrias do setor cafeeiro.

Outros requisitos necessários são competências:

Técnicas como especificação de equipamentos de torra, moagem e empacotamento;
Econômicas na prospecção de mercados e desenvolvimento de planejamento estratégico;
Operacionais como formas de controle, estoque e logística.

Características Culturais e do Processo de Comercialização

Verifica-se as variedades utilizadas pelos agricultores da região.

Questões como a produção de mudas, se são originárias de sementes ou clones.

Densidade de plantio adequado para o tipo de cultivo. De espaçamento uniforme. Assim como a condução da lavoura.

Emprego de tecnologia no plantio e condução. Existência e uso de correção de solo e adubação.

Conhecimento e utilização de práticas de conservação do solo. A análise do solo por parte dos agricultores.

Avaliação da irrigação e o tipo mais adequado para a região.

A colheita da safra, sua concentração e maturação uniforme dos frutos, assim como o nível ideal de maturação para a colheita.

Procedimentos recomendados do pós-colheita, como logística, armazenamento e secagem.

Medidas e controle de pragas e doenças.

O armazenamento do produto na propriedade permite a comercialização na entressafra, sugerindo preços melhores.

A classificação do café também agrega valor ao café comercializado.

Listagem de fornecedores de insumos e compradores do café, relacionando preços e instrumentos contratuais, sejam formais ou informais.

Os compromissos firmados garantem a venda do produto de forma prévia.

Estabelecimento de procedimentos de planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das atividades, de forma a monitorar as variáveis que afetam o negócio.

O conhecimento do custos de produção do café somente é adquirido utilizando técnicas administrativas básicas.

A utilização de maquinário, equipamentos e implementos nos sistemas de produção possibilita a redução do trabalho braçal e fornece ergonomia para os empregados.

O custeio pode ser feito com acesso a crédito bancário. Linhas de crédito são oferecidas por bancos, geralmente na concessão de crédito por meio do Pronaf.

A melhoria e incremento da lavoura somente é realizado quando existe capacidade financeira. Esta pode ser proporcionado através de linhas de crédito.

A obtenção de informações deve ser de diversas formas, como técnicos da extensão, vizinhos, parentes, reuniões com comunidade/associação/sindicado, treinamentos, palestras, dias de campo, etc.

Fatores climáticos que afetam a atividade cafeeira devem ser contornados com sistemas sustentáveis ambientalmente, aumentem a fertilidade do solo e qualidade do café, e que reduzam o custo de produção.

Cadeia Produtiva

O café verde produzido segue diversas trajetórias, normalmente é exportado em forma de grão por produtores ou cooperativas e corretores.

Caso contrário, é beneficiado em indústrias de torrefação e moagem em indústrias de café solúvel.

Na torrefadora, o café é torrado moído e vendido ao consumidor final no mercado interno ou externo.

O café solúvel é em pó e grânulos e é voltado ao mercado externo.

A cadeia produtiva pode ser dividida em três ramos de atividades: produção do grão de café (arábica ou robusta), café torrado e moído e cafés solúveis.

Os cafés são divididos em dois segmentos: café commodity e café especial (Gourmet, Estate Coffee, Orgânico e Fair Trade).

A cadeia é dividida em:

1. Fornecedores de insumos;
2. Produtores rurais;
3. Cooperativas;
4. Corretores;
5. Indústria de Torragem e Moagem;
6. Indústria de Solúvel;
7. Exportadores de café verde;
8. Atacado interno e externo;
9. Consumidor interno;
10. Indústria Externa;
11. Consumidor Externo.

As atividades desenvolvidas na cadeia resumem-se em Cultivo de Café; Torrefação e Moagem; e Fabricação de Produtos à Base de Café.

Os produtos da cadeia produtiva do café são: Café não Torrado, não descafeinado, em grão; Café não Torrado, não descafeinado, exceto em grão; Café Não Torrado, descafeinado; Café Torrado, não descafeinado; Café Torrado, descafeinado; Cascas, Películas De Café E Sucedâneos do Café; Café Solúvel, mesmo descafeinado; Outros Extratos, essências e concentrados de Café; Preparados a base de Extratos, essências, concentrados de Café; Chicória Torrada, Outros Sucedâneos Torrados do Café, Etc.

 Matriz

de Fatores Internos da Agroindústria

Para analisar e responder fatores externos que afetam a agroindústria, gestores devem possuir a capacidade de organizar prevendo o futuro.

A capacidade de resolução de problemas em situações empresariais necessita da metodologia matriz FOFA, que analisa forças, oportunidades, fraquezas e ameaças da firma.

É importante saber e entender as forças e fraquezas da empresa para se manter competitivo no mercado.

Exemplo de matriz:

Forças

1. Facilidade de obtenção do produto


2. Valor agregado ao produto


3. Preço de venda


4. Recursos humanos treinados


5. Utilização de sistema online


6. Licenciamento comercial adequado

Fraquezas

1. Qualidade do produto


2. Embalagem própria e adequada


3. Parcerias para aquisição do café


4. Utilização de tecnologias


5. Gerenciamento básico de negócio


6. Segmentação e posicionamento no mercado

Resíduos

São gerados milhões de toneladas de resíduos sólidos anual e mundialmente advindos da agroindústria do café, juntamente com quantidades ainda maiores de águas residuais e restos de cultura.

Os resíduos podem ser grãos defeituosos ou já utilizados e casca dos grãos (polpa e mucilagem).

Formas de tratar e reutilizar os sólidos vão desde:

• Utilização direta como combustível


• Alimentação animal


• Fermentação e adsorção (silagem proteica)


• Produção de biodiesel


• Briquetagem


• Peletização (como substrato de cogumelos medicinais quando desintoxicado)


• Extração de taninos


• Produção de commodities especiais (cosméticos)


• Compostagem

As formas de reutilização das águas são:

• Produção de biogás


• Irrigação direta com águas residuais


• Tratamentos de infiltração


• Tratamento de lagoas anaeróbicas, lagoas com juncos e lagoas aeróbicas.

A implantação de um plano específico para a atividade, que englobe todos os elos é um modo de melhorar condições do setor cafeeiro.

Condições de produção precisam ser ideais para que se desenvolva agroindústrias regionais saudáveis. 

Além disso, a formulação de políticas públicas pode alavancar a cafeicultura, tornando-a efetiva e competitiva em mercado nacional e internacional.

Colher dados, identificar problemas, construir banco de dados, reportar e trabalhar com o agricultor são atividades e tarefas que podem ser impulsionados através da tecnologia desenvolvida pela ManejeBem.

Quando se fala em agricultura, logo se pensa nos grandes produtores. Aqueles que exportam e que tem disponível toda e qualquer solução agro. Mas, a verdade é que a grande maioria são de pequeno porte  e se organizam em unidades familiares. Acreditem, são eles que alimentam o mundo! Mas, mesmo com toda a sua importância na cadeia de abastecimento de alimentos, os agricultores sofrem a falta de tecnologia no campo. 

Pensando na melhoria da produção destes agricultores, a ManejeBem desenvolveu uma tecnologia, em forma de aplicativo, que visa facilitar a assistência técnica no campo.

A solução, ofertada para cooperativas, agroindústrias e empresas de assistência técnica agrícola visa à melhoria do trabalho de agrônomos e o desenvolvimento sustentável de comunidades rurais. 

Além de tornar as operações no campo ainda mais eficiente, mais sustentável e muito mais precisa, o agrônomo terá nas mãos informações valiosas para otimizar todas as etapas produtivas da propriedade. Com a tecnologia, fica muito mais fácil de identificar oportunidades e melhorias no campo. Quais os problemas? Quais as soluções? Que tipo de sistema de irrigação utilizar? Como efetuar a adubação? Como melhorar a gestão da propriedade? O agricultor está pronto para acessar créditos rurais? 

Com a ferramenta, que ajuda a responder estas perguntas, fica muito mais fácil de manter o agricultor produtivo e qualificado para os mercados existentes. Aumentando seus lucros! 

Como fazemos isso? Através do ManejeChat. Tecnologia que possui um chat direto com o agricultor e um sistema para registro e armazenamento dos atendimentos. Com esta ferramenta, conseguimos aumentar em 300% a capacidade do trabalho de técnicos no campo e elevamos o número de agricultores conectados com uma assistência agrícola diária e de qualidade.  

Quer conhecer um pouco mais esta ferramenta? Entre em contato conosco!  

Fontes:

Valorisation of the Residues of Coffee Agro-industry: Perspectives and Limitations. M.C. Echeverria, M. Nuti, <https://benthamopen.com/FULLTEXT/TOWMJ-10-13>

CADEIAS PRODUTIVAS – Análise Cadeia Produtiva do Café <http://www.fiepr.org.br/fomentoedesenvolvimento/cadeiasprodutivas/uploadAddress/café[19593].pdf>

Value Added and Strategy Development Of Galangal-Coffee Agroindustry

<https://www.ijern.com/journal/2018/May-2018/05.pdf>

Aspectos de produção e comercialização da cadeia agroindustrial do café em Rondônia <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/141198/1/Cafe-na-AmazoniaROSANETO.pdf>

Cadeia produtiva, mercado e comercialização do café <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1091932/mod_resource/content/1/CAFÉ_AULA_RGR.pdf>