[Controle Físico] Solarização
Controle físico de doenças, plantas daninhas, e pragas através da solarização.
Os microrganismos patogênicos que habitam o solo são frequentemente associados aos problemas fitossanitários mais graves. Há uma grande dificuldade no controle por erradicação destes fitopatógenos que podem ser fungos, bactérias ou nematoides. Os sintomas são variados e podem afetar desde a semente, inviabilizando-a, até ocasionar o tombamento de plântulas. Também acarreta podridão e murcha em decorrência dos danos causados ao sistema vascular.
A solarização é um método de controle que auxilia na prevenção do aparecimento de plantas doentes devido à redução de inóculo do patógeno (o patógeno no solo solarizado está em baixas concentrações e não é capaz de ocasionar danos relevantes. Através da solarização é possível controlar: fitopatógenos, plantas daninhas, e pragas.
A técnica baseia-se no aquecimento do solo e pode ser utilizado para tratar solo ou substrato para mudas para a produção de mudas em bandejas ou sacos plásticos ou outros recipientes.
Recomenda-se realizar o tratamento de solarização durante o período de maior intensidade de radiação solar.
A principal característica do filme plástico é a transparência, pois permite a passagem dos raios solares e promove de forma eficiente um maior aquecimento do solo. A espessura pode variar de 25 a 50 mm têm sido recomendados. Plásticos mais espessos são mais caros, porém podem ser reaproveitados. Plásticos retirados de estufas podem ser utilizados para a solarização, mas apresentam uma eficiência reduzida, fazendo com que o tratamento tenha que ser prolongado para se obter os mesmos resultados, devido ao tratamento realizado durante a sua produção, não permitindo a passagem de todos os comprimentos de luz.
- Distribua o solo ou substrato em camadas de 10-20 cm de altura e umedeça com água;
- Cubra o solo com filme plástico transparente e mantenha exposto diretamente ao sol pelo período de 4 a 8 semanas dependendo da temperatura. O ideal para eliminar patógenos é de 60ºC (nematóides);
Atenção: o Plástico deve estar em contato direto com o solo/substrato. Enterrar a borda do plástico para evitar a perda de calor. Os filmes pretos e de outras cores não são recomendados por não serem tão eficientes na elevação da temperatura do solo. A espessura do plástico tem influência sobre sua durabilidade e custo.
- O revolvimento do substrato e a permanência prolongada do plástico aumentam a eficiência do processo.
Temperaturas para eliminação de patógenos de solo/substrato
Temperatura | Patógeno | Doença |
60-70ºC | Olpidium brassicae | Podridão em raízes de hortaliças |
| Colletotrichum coccodes | Antracnose no tomate e batata |
<30ºC | Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli | Murcha-de-Fusarium |
<30ºC | Verticillium dahliae | Murcha-de-verticílio em berinjela, tomate, pistache, oliveira, |
<30ºC | Pythium | crisântemo |
<60ºC | Meloidogyne jauanica | nematóide da galha em quiabeiro |
- | Sclerotium cepivorum | Podridão branca em alho |
- | Sclerotium rolfsii | Mofo cinzento |
- | Sclerotinia sclerotiorum | Podridão de Sclerotinia |
- | Rosellinia necatrix | Maçã e abacate |